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Construmaq lança novo Injetor Programável 60ml

Para automação laboratorial:
http://www.construmaq.ind.br/produtos/injetor-programavel-60ml/

Novo Amostrador de água 60ml

De fácil uso e manejo, otimizado para o trabalho no campo. Mais informações na página: http://www.construmaq.ind.br/produtos/amostrador-de-agua-60ml/

Exemplo de cálculo da concentração de metano dissolvido a partir do resultado de infinitas extrações

http://www.construmaq.ind.br/ferramentas-da-limnologia/exemplo-de-calculo-da-concentracao-de-metano-dissolvido-a-partir-do-resultado-de-infinitas-extracoes/

Construmaq realiza campanha de medição de metano e gás carbônico no Aterro Sanitário de Gramacho

A Construmaq esteve na Baixada Fluminense amostrando 40 sítios no Aterro Sanitário de Gramacho a fim de fornecer dados relativos à fuga de gás na área de captação.

Câmara de solo instalada no sítio de amostragem

Câmara de solo instalada no sítio de amostragem

Quatro amostras são tomadas em cada sítio, seguindo intervalos de tempo pré-determinados, e armazenadas em ampolas gasométricas. A variação das concentrações dos gases analisados (metano e gás carbônico) nas quatro amostras, juntamente com a área e volume da câmara de solo, determinam a emissão ou absorção destes gases no sítio amostrado.

Material para coleta das amostras de gás

Material para coleta das amostras de gás

Bohdan Matvienko-Sikar

Bohdan

Bohdan Matvienko-Sikar, descendente dos boiardos Demidovsky do sul da Rússia, nasceu em Bender (Tighina), em território ucraniano que fazia parte da Rumênia na época do seu nascimento, em 13 de março de 1933. Em 1940, durante a segunda guerra mundial, o domínio da língua alemã por sua mãe Klaudia abriu as fronteiras para a Europa, onde Bohdan residiu com a família dos 7 até os 17 anos. Já gostava de esporte, era um nadador rápido. Estudou na Bundesrealgymnasyum em Graz, na Austria. Emigrou com os pais e 3 irmãos para o Brasil, país conhecido por seu pai Stephan (engenheiro que quando solteiro, já havia trabalhado em um projeto de construção de porto em Cananéia, com ligação ferroviária a São Paulo). Adolescente no estado do Rio de Janeiro, Bohdan estudou no Colégio Anchieta, uma escola jesuíta em Nova Friburgo, RJ. Subia as montanhas da região. Trabalhou com o artista Darel Valença Lins fazendo xilogravuras e até considerou ser artista de profissão. Pintava e desenhava muito bem. Foi professor na Escola Técnica Federal das Indústrias Químicas e Têxteis no Rio de Janeiro (instituído pela Comissão Ponto IV ) e especializou-se na Clemson University em 1958, nos Estados Unidos. Rapidamente aprendeu a língua inglesa. Sempre expressou-se com precisão no uso das palavras, originalidade e frequente bom humor, quer fosse em ingles ou português, cativando o ouvinte. Seu gosto por línguas e pela origem das palavras está presente no seu blog (http://qnovaq.blogspot.com.br/). Trabalhou em indústrias têxteis em Bangu, Três Rios e Jacarepaguá, e prestava consultoria têxtil aos sábados, até graduar-se em Física em 1964 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, então Faculdade Nacional de Filosofia. A convite do professor Edson Rodrigues veio para a USP de São Carlos em 1965. Obteve doutorado em Físico-Química em 1969 na USP, e pós-doutorado em 1971 na University of Pittsburgh. Foi professor de Mecânica Geral. Auto-desafiou-se a utilizar seus conhecimentos teóricos de mecânica para aplicá-los pessoalmente construindo protótipos de aparelhos químicos. Nunca mais parou de inventar e construir equipamentos. Gostava muito de astronomia. Nas noites de céu claro da década de 1970, Bohdan e seu amigo, professor Robert Lee Zimmerman (Bob), montavam um telescópio sobre o prédio E1 da Escola de Engenharia e convidavam a todos para olhar planetas. Aprendeu a polir vidros, a fazer lentes, a usar o maçarico para trabalhar o vidro. Foi um exímio vidreiro até o fim de seus dias, sempre ensinando o ofício a quem quisesse aprender. Também na década de 70, Bohdan e Bob importaram uma asa delta e aprenderam a voar nos finais de semana, nos morros da região de São Carlos. O ineditismo da empreita atraía muitos curiosos, sempre bem-vindos, inclusive para aprender a voar. Chegou a transformar a sala-de-estar de sua casa, também com o amigo Bob, em oficina de construção de uma asa delta. Com a “asa delta caseira”, como ele gostava de dizer, foi campeão paulista de voo livre em Peruíbe em 1978. Inovador nato, ferrenho idealizador de melhoramentos para objetos e configurações, Bohdan gostava da máxima “se funciona, está superado”. E também de “os grandes melhoramentos estão nos detalhes”. Aposentado da USP em 1986, continuou trabalhando intensamente, com balanço de carbono em reservatórios hidrelétricos, e na indústria construindo protótipos de aparelhos químicos. De barqueiros a cientistas, ele surpreendia as pessoas com sua criatividade, seu vigor físico e intelectual, e sua coragem. (E tal como o ficcional agente secreto MacGyver – com quem era frequentemente comparado – sempre carregava um canivete dentro do bolso da calça.) Até seu último dia, Bohdan foi extremamente generoso com seu vastíssimo conhecimento, a quem quer que fosse. Bastava perguntar. Geralmente o ensinamento era ilustrado com um desenho caprichado que ele fazia na hora, com suas mãos que a cada ano ficavam mais grossas, calejadas e cheias de cicatrizes. Brincava: “quero entregar uma carcaça muito gasta, ao coveiro”. Morreu de politraumatismo nos Alpes Franceses em 7 de setembro de 2013.